quarta-feira, 22 de abril de 2009

Reflexões II, sobre "As Armas e o Povo"

Na visita à Cinemateca (19 de Março de 2009), em Lisboa, fomos ver o documentário “As Armas e o Povo” que retratava os anos conturbados de 1974 e 1975 que Portugal viveu. Foram um período de grande instabilidade, marcada pelo entusiasmo popular e afrontamentos políticos fortes.
O documentário retrata exactamente isso. Momentos gravados, onde se vêem multidões reunidas, aclamando pelas liberdades de expressão e opinião. Um dos exemplos é o 1º de Maio de 1974, poucos dias depois da “Revolução dos Cravos” (25 de Abril de 1974) e gigantescas manifestações de rua celebraram o regresso à democracia em Portugal. As imagens obtidas, não só por estrangeiros que ansiavam por capturar um “pedaço de história”, mas também por cidadãos comuns que saíam para a rua com suas câmaras fotográficas, está na origem deste documentário.
De algumas cenas do filme, consegui concluir que após o 25 de Abril de 1974, ocorreu uma explosão partidária. Todos os partidos que estavam ilegais, legalizaram-se e muitos outros partidos foram formados.
Por aquilo que pude assimilar, toda essa instabilidade, derivada de uma agitação social e política, não foi nada mais nada menos que o resultado de meio século de uma ditadura, onde não se podia ser, ou pensar aquilo que se desejava. Era necessário ser de acordo com a ideologia do regime ou a própria sobrevivência seria difícil. E penso que foi por esse motivo que, quando se deu a revolução, a vontade do povo de se exprimir e de lutar pelas suas liberdades era tanta que, acabou por se tornar incontrolável (não deixando de parte a euforia e felicidade que se sentia com o fim do regime), e as várias manifestações e greves que se viram no documentário, confirmam esta afirmação.
Na minha opinião, este documentário dá um grande contributo à memória histórica dos anos ‘revolucionários’ de 1974-1975.
Camilla Gonçalves
12º B

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